29 de setembro de 2009

Circuito alternativo encontra força na produção independente

Mesmo sem retorno financeiro, jovens fazem shows porque gostam de incentivar o movimento cultural de Brasília

Larissa Gomes

Ter coragem é o ingrediente mínimo para enfrentar a empreitada de abrir uma produtora de shows independente. Quem escolhe esse caminho diz que os eventos não são financeiramente vantajosos, mas a sensação de fazê-los dar certo é um vício. Hoje, as produtoras independentes movimentam com intensidade a cena musical de Brasília. Os jovens audaciosos são os maiores responsáveis por esse empreendimento, que se tornou a maior fonte de entretenimento do circuito alternativo da cidade.

“Fazemos shows por amor mesmo, por vontade de divulgar as bandas”, diz a produtora Jacqueline Bittencourt, 23 anos. Há cinco anos ela está envolvida com produções que movimentam a cultura da cidade. Para a produtora, assim como as bandas que participam dos shows e quase sempre não recebem cachê, vale a pena estar envolvida com a produção, mesmo que o lucro fique no zero a zero. “Para mim é arte”, afirma Jaqueline, que hoje participa da Bloco Produções.

Para o integrante da Torneira Produções, Raphael Veleda, 24 anos, o importante é ser otimista. “Achamos que a produtora pode crescer e se manter fazendo rock. Acreditamos no sucesso a cada evento que produzimos”, diz. A Torneira fez eventos de destaque no cenário independente da cidade, inclusive com bandas internacionais, como a Underschool Element, da Suíça. Porém nunca obteve grande lucro. Raphael revela que sempre estão no limiar entre o lucro e o prejuízo. “Para você ter ideia, já comemoramos quando um evento cobre os custos de produção”, conta. Apesar dos prejuízos, ele afirma que a Torneira acredita mais no rock do que no dinheiro, então continuarão fazendo shows enquanto for viável.

Ian Ferraz tem 23 anos e faz parte da Reverso Produções, que existe desde 2006. Ele toca em duas bandas e começou a sentir vontade de abrir uma produtora por considerar difícil conseguir espaço para tocar em Brasília. “Eu era frequentador assíduo de shows independentes e me deu vontade de produzir também. Comecei a tomar gosto e hoje organizo shows sempre que possível”, diz o produtor. Ele afirma que assim com a produtora, as bandas foram crescendo juntas. Uma coisa puxou a outra.

A falta de experiência é o maior obstáculo para começar. No início, Ian diz que caíram em algumas ciladas, como pagar mais pelos quartos do hotel das bandas. Raphael também diz que passou por algumas armadilhas. “No dia do evento, alguém denunciou a casa de shows por falta de alvará e o lugar foi lacrado. Falamos com Brasília inteira pedindo ajuda. No final descobrimos que uma simples vistoria do Corpo de Bombeiros resolveria o problema”, conta Raphael.

Para que a Bloco Produções dê certo, Jacqueline diz que estão aumentando o campo de visão. “Começando a pensar grande, o projeto vai ficando do tamanho da nossa idéia”, reflete. Os produtores da Bloco têm tentado trabalhar mensalmente, com divulgação mais forte, e trazendo atrações maiores. O objetivo é aumentar a importância da cena cultural brasiliense. Atualmente a produtora se uniu ao “Coletivo Esquina”, que é uma parceria entre produtores do país para criar uma integração do sistema independente e fazer intercâmbio de bandas e produtores. “Funciona colaborativamente. Por exemplo, se houver um show em Goiânia, depois o levamos para Brasília. E quem estiver envolvido no Coletivo, independente do estado, pode trabalhar no show. O objetivo é haver troca de saberes e experiências”, explica.

Ian dá a dica para quem curte música e quer participar da cena independente. “Produzir shows de pequeno porte não é tão difícil, é preciso apenas coragem e dedicação. É algo que pende mais pelo trabalho do que pela questão financeira”, incentiva o produtor.

24 de setembro de 2009

Sexta tem Trampa e Cachorro Grande



O RRRuído TV de sexta-feira, 25 de setembro, será imperdível! Trampa vem ao programa para contar sobre o lançamento do DVD “Trampa Sinfônica”! E veja também: entrevista exclusiva com Cachorro Grande e Autoramas!

Ano passado uma orquestra topou o desafio de se juntar ao lado do som pesado feito por guitarras, baixos e baterias. Nasceu o projeto Trampa Sinfônica! A banda de rock Trampa apresentou-se junto com a Orquestra Camerata do Brasil em um show grátis no Teatro Nacional. Este ano eles lançam o DVD do show em outro evento de graça. Dessa vez será em um palco armado ao lado do Museu da República, dia 04 de outubro.

Os integrantes da banda Cachorro Grande, Beto Bruno, vocalista, e Pedro Pelotas, tecladista, cederam uma entrevista antes do show no Porão do Rock! (Foi só eu ou vocês também notaram os nomes com repetição de letras? Acho que rolou uma numerologia para escolherem o nome de trabalho ein?!). Você também poderá assistir um pouco do show e ver como foi de tirar o fôlego a apresentação da banda gaúcha. (Se quiser saber mais sobre como foi, leia o post abaixo).

Autoramas também participará do RRRuído de sexta! Gabriel Thomaz, vocalista e guitarrista da banda, conversou conosco sobre como era a expectativa de tocar no Porão do Rock, ainda mais porque ele estava com a sua banda antiga, a Little Quail & the Mad Birds.

Fique ligado então nessa sexta-feira, às 15h15, no canal 8 da Net! Se você não tem tv a cabo, não tem problema! Assista pela internet: www.tvcomunitariadf.com.br

E foi-se mais um porão.

Neste último final de semana aconteceu o porão do rock na Esplanada dos Ministérios. Depois de alguns aninhos sem ser de graça, o porão voltou com força total (força total?!). Foram dois dias de muito rock’n’roll no centro da Capital Federal.

No Sábado de tarde, conseguimos uma exclusiva com o Cachorro Grande e de quebra uma pequena exclusiva com o Gabriel Thomaz da banda Autoramas.

Chegamos no hotel dos meninos e fomos fazer a entrevista. Ao chegar no local, Beto Bruno , vocalista, e Pedro Pelotas, tecladista, foram muito receptivos e assim que entramos já falaram “querem uma cervejinha?”. Foi nesse clima descontraído que a entrevista se deu.

Assim que terminamos de gravar, começou a chegar o resto dos integrantes da banda e amigos, como Gabriel Thomaz da banda Autoramas, que tocou no Porão com sua antiga banda Little Quail & the Mad Birds. Pegamos o bonde e conseguimos uma exclusiva com o Gabriel também.

À caminho do porão, era nítido o fluxo enorme de pessoas que ainda estavam chegando. Cobrimos apenas o show do Cachorro Grande pois é sempre impossível ter uma cobertura completa com apenas duas pessoas. Com o foco de cobertura na banda, começamos nosso trabalho.

Como sendo o Cachorro Grande, o show foi bem animado, até de mais. Aproximadamente na quarta música o microfone do Beto parou de funcionar. Ao reclamar cortaram os retornos da banda. O palco ficou sem um vocalista por um bom tempo mas a banda continuou. De repente o Beto volta e avisa para a platéia que o show havia terminado ali pois eles se recusavam a tocar sem retorno. A banda se despediu e o público começou a gritar chamando a banda.

E finalmente a banda voltou. Sempre fazendo um gesto de “estou de olho em você”, o vocalista continuou a cantar. No final do show , a banda ‘pagou um bunda lelê’ , segundo eles, para a pessoa que estava controlando a mesa de som. A platéia, é claro, foi ao delírio.

Conversando depois com o Marcelo Gross, o guitarrista, e ele reclamou da falta de responsabilidade por conta do acontecido. “Depois eu até tentei conversar com o cara (da mesa de som), mas ele não quis falar comigo, então assim que ele passou joguei minha guitarra nele. Quase perdi ela” conta Gross. Beto Bruno reclamou bastante: Nossa época de tocar sem retorno passou. Agora o mínimo que exigimos é retorno para que nosso som saia bom. Fiquei chateado.

Declarações a parte, ficamos impressionadas em como um festival com a estrutura do Porão do Rock, em que tem apoio do Governo , da Petrobrás e etc, permite que coisas como essas aconteçam. A maioria das pessoas com quem conversamos reclamou do som no palco principal dizendo que o do palco Pílulas estava melhor.

Ficamos decepcionadas e espantadas com essa falha grave do Porão. É um sentimento até com um pouco de vergonha pela banda finalmente vir tocar na nossa cidade e em um dos maiores, se não o maior, festival de rock e acontecer uma falha tão básica como essa.

Façamos nossas as palavras do baixista Rodolfo Krieger:"Apesar disso, gostamos de fazer o que fazemos. No final, vira tudo rock'n'roll!"

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Mai Dornelles

17 de setembro de 2009

Momento Emo de Adeus Bois.

É amanhã galeraaa!!! A chance de todos dar adeus a umas banda que marcou a geração adolescente de 90/00 . Sucessos como ‘Eu não sei o que fazer, Ska! Velho’, ‘Groupies’ e ‘Já é tarde’ fizeram parte do SESC da 913 sul nos famosos showzinhos undergrounds. Que groupie não mexeu seus pezinhos e balançou seus braços encapados por pulseiras coloridas nesses shows?! Quantos meninos não começaram seus primeiros dó-ré-mi-fá inspirados na banda?!

Essa sexta-feira, 18/09, no RRRuído , ao vivo, às 15h15 no canal 8 da net ou reprises aqui no site (a gente promete que em breve!) teremos edição especial ‘Adeus Bois de Gerião’. Então, não percam!!!!

Sim... nossos corações (meu de da Larissa) também estão tristes com isso...(momento desabafo).

15 de setembro de 2009

DF no DF. Dead Fish na Capital!

É sempre uma emoção quando a banda capixaba Dead Fish desembarca na Capital Federal. Nesta última sexta,dia 11 de setembro, no Arena Futebol Clube, aconteceu o show do Dead Fish com as bandas Machina Rad, Dissônicos, Gramofocas e Galinha preta.

A banda Machina Rad abriu a noite. Em meio a um público tímido, o pouco número de pessoas (acrditamos a causa ser por conta do último capítulo da novela) não deixou o show desanimado. A banda seguinte foi o Dissônicos. Nossos queridinhos animaram o público. “A primera banda o público ainda estava comportado, já na segunda começou a rolar rodinha punk”, relata Artur Brandt, um dos espectadores.

Retornando aos palcos depois de um tempo parados, a Gramofocas levou, literalmente, os jovens à loucura. Fazia tempo que não víamos o público brasiliense tão alegre, caloroso e participativo. Os principais sucessos da banda foram traduzidos em moshs e gritos que acompanhavam as músicas. A Galinha Preta encheu o ambiente com seu som pesado e letras engraçadas. Frango, o vocalista da banda, animava o público com o sua cabeleira.

E , finalmente, chegou o show mais esperado da noite. Dead Fish entrou em cena com a casa e o palco cheios. É incrível como a banda tem a capacidade de deixar os jovens eufóricos. A todo momento , três , ao mesmo tempo, subiam no palco e disputavam espaço com o vocalista Rodrigo. Os seguranças não conseguiam segurar a molecada. Foi necessário os organizadores do evento ajudarem os seguranças. Até escalar as caixas de som, que se encontravam do lado direito do palco e tinham cerca de dois metros de altura, eles escalavam para dar os famosos moshs.

O repertório foi grande e interrompido quando Rodrigo tentou anunciar o fim do show. Como dissemos, tentou. O público imediatamente começou a gritar “Dead Fish, vai tomar no cú”. O vocalista riu e conversou com o público. Contornando a situação, o coro mudou de frase: “ Sarney, vai tomar no cú”.

Depois do mini protesto, a banda continuou tocando por mais ou menos 45 minutos. “Sério galera, fazia tempo que a banda não tocava em um show tão bom assim”, desabafa Rodrigo.

Nos camarins, depois do fim da apresentação da banda, o RRRuído foi entrevistar os meninos do Dead Fish.

A entrevista vocês poderão conferir no quadro "Especial Dead Fish", nessa sexta-feira no programa RRRuído, canal 8 da NET ou , ao vivo, às 15h15 no www.tvcomunitariadf.com.br, ou reprises aqui mesmo.

Estamos tendo algumas dificuldades para postar nossos programas no youtube mas em breve colocaremos todos na TV RRRuído (youtube).

Na edição dessa sexta, não percam também: Especial Bois de Gerião. A banda estará no programa falando um pouco da história e do término. Não percam!

Adicione o RRRuído no Twitter minha gente!

10 de setembro de 2009

Bandas brasilienses comandam o Porão do Rock

Este ano, o Porão do Rock voltou a ser como em 2002, com entrada franca. A estrutura é que mudou, de lá para cá, só cresceu. Durante os dias 19 e 20 de setembro os rockeiros de Brasília vão poder bater muita cabeça na Esplanada dos Ministérios. Bandas de renome nacional e internacional farão a alegria da galera. Porém, o grande lance de 2009 é que várias bandas brasilienses garantiram lugar no palco principal. Diferente do que aconteceu na festa dos 49 anos de Brasília, onde Xuxa reinou sobre os baixinhos, mas nenhuma banda local conseguiu espaço para reinar no palco principal e divulgar a cultura que nasce na cidade.

Cassino Supernova é uma banda “super nova” de Brasília que está no Porão do Rock. Ok, piada infame, mas está valendo porque a banda foi formada no início de 2009. Apesar de recente, o som que fazem já agrada o ouvido de quem escuta. Não é a toa que foram selecionados para o Porão. É por isso que Cassino Supernova é a banda convidada desta semana para o programa do RRRuído! Não deixe de assistir, sexta-feira, 11 de setembro, às 15h15, na TV Cidade Livre (canal 8 da Net). Ou pela internet: www.tvcomunitariadf.com.br

Programação do Porão do Rock 2009:

SÁBADO (19/9)
Palco Principal (a partir das 16h)
Super Stereo Surf (DF)
El Mato a un Policia Motorizado (Argentina)
Orgânica (SP)
Cachorro Grande (RS)
Ludov (SP)
Elffus (DF)
Black Drawing Chalks (GO)
Eagles of Death Metal (EUA)
Mugo (GO)
Mindflow (SP)
Angra (SP)
Dynahead (DF)
Sepultura (MG)

Palco Pílulas (a partir das 18h30)
Scania (DF)
Di Boresti (DF)
Rocan (DF)
Melda (MG)
Belle (RS)
Superquadra (DF)
Watson (DF)
The Pro (DF)


DOMINGO (20/9)
Palco Principal (a partir das 16h)
Cabeloduro
Fallen Angel / Dungeon
Detrito Federal
Paralamas do Sucesso
Plebe Rude
Escola de Escândalo
Atração a definir
M. Roots
Little Quail & the Mad Birds
Raimundos
Rafael Cury & the Booze Bros.
Móveis Coloniais de Acaju

Palco Pílulas (a partir das 18h30)
Cassino Supernova
Na Lata
Soatá
Trampa
Kanela Seka
Bootlegs
Blazing Dog

PS: Quem gosta de Dead Fish (show nesta sexta-feira, 11 de setembro), também não pode perder o RRRuído. Passaremos uma entrevista exclusiva com o Rodrigo, vocalista da banda, além de imagens do último show que fizeram em Brasília.

3 de setembro de 2009

Dissônicos no RRRuído

O programa de estréia do RRRuído foi um sucesso! E a banda convidada para o próximo programa é a Dissônicos.

A nova formação da banda brasiliense Dissônicos está coroada com o lançamento de um EP virtual. São três músicas que juntas contam uma só história. Dissonicos buscou referências literárias, cinematográficas e musicais para narrar as impressões, relações e desventuras de um anti-herói, "perturbado e perdido", vivendo em Brasília nos dias de hoje. Para baixar as músicas, acesse:
http://www.bubblegumattack.net/barecs/042/dissonicos-bob

O próximo show do Dissônicos será junto com o Dead Fish, na sexta-feira, dia 11 de setembro, no Arena Futebol Clube. E se você gosta de Dead Fish, fique ligado porque semana que vem passaremos uma entrevista com o Rodrigo, vocalista, e imagens do último show deles na cidade.

A banda indicada dessa semana é a "Gramofocas". Existente desde 97, as letras das músicas abordam temas como amor e bebidas alcoólicas. Inclusive o primeiro CD da banda chama-se "Sempre que eu fico feliz eu bebo". Gramofocas é sinônimo de diversão. Para ouvir, acesse: http://www.myspace.com/osgramofocas

Para saber mais sobre as bandas, assista o nosso programa desta sexta-feira, 04 de setembro, às 15h15h, no canal 8 da NET. Para quem não tem tv a cabo, veja pela internet: www.tvcomunitariadf.com.br