18 de fevereiro de 2008

3º Dia do Carnaval Ziperona

O hardcore marcou esse dia do evento. Sons intensos, tempos extremamente acelerados e músicos com energia de sobra em cima do palco. A busca por inovação também teve espaço, teve banda que misturou violino e batida de rock, saindo um som interessante.
A Sem Fim abriu o festival. Fazem um som que mistura elementos do hardcore com a pegada punk rock. A banda tem talentos individuais, Eduardo, o bateirista, é um deles. Ele mandou super bem na bateria, assim como fez quando tocou com a banda W3 Sul. O vocalista Pedro também foi destaque, com um timbre que combina muito com o perfil do som da banda.
Em seguida veio Stock 32 com uma proposta diferente, a composição da banda conta com um violino, mostrando que instrumentos clássicos combinam com rock. O público juntou para assistir o show e animou bastante, aprovando a idéia.
A banda de Mato Grosso do Sul, Bizarros, misturou punk rock com batida reggae. Apesar do público disperso, o show foi enérgico. Eles também têm uma influência de música regional no ritmo musical.
A Pazmmo, banda de pós-hardcore-misturado-com-heavy-metal, como se intitularam em uma programa na rádio, foi a quarta atração da noite. Eles tocaram sucessos como “O homem de plástico”. A banda já tem um público formado, muitas pessoas acompanharam as letras durante o show.
Outra banda do Mato Grosso do Sul marcou presença, a Fall Over. Na maior parte do tempo o vocal principal está acompanhado da voz dos outros vocais, o que deu força para as músicas da banda. Muita gente assistiu ao show, os garotos do mato grosso cativaram as pessoas daqui.
A galera agitou durante a apresentação da próxima banda, Ilustra, principalmente quando tocaram o sucesso “Discurso Mudo”. O vocalista Matheus Bessa chegou a dividir o microfone com um guri da platéia, mostrando que público não é o que falta para a banda. Porém outros shows já foram mais animados, com melhor qualidade técnica. Mas o vocalista de screamo, Julio, sempre marca na presença de palco. Ele incorpora as letras das músicas e passa emoção de um jeito inigualável.
Cardia é a banda estrela do momento de Brasília.E não é à toa, todos eles tocam muito e por isso que em 2007 participaram da abertura do show do The Used em São Paulo. Mesmo sendo o último show da noite, o número de pessoas que ficou para assistir era considerável. Tocaram o primeiro sucesso da banda “Pretérito Imperfeito”, a galera tirou o pé do chão e compareceu até o fim da terceira noite de carnaval do Ziperona.

Fotos por Patrick Alves

12 de fevereiro de 2008

2º Dia do Carnaval Ziperona

O segundo dia de carnaval do Ziperona contou com vertentes diferentes de música. Começou com estilo indie/cool, passando por hardcore melódico e chegando em rock’n’roll misturado com música típica brasileira.
Infelizmente perdi as duas primeiras bandas, Selenita e Hello Crazy People, porque trabalhei durante dois dias do carnaval. Mas não faltaram comentários de que Selenita é uma banda punkrocker que vale a pena conferir. E a Hello Crazy People já é conhecida na cidade, a banda é cheia de percursionistas e a performance no palco é imperdível.
Club Silêncio foi a terceira banda a se apresentar. Os sintetizadores colaboram para o som cheio de efeitos, algumas introduções lembram um pouco Kraftwerk. Além dos integrantes serem umas gracinhas, o som electro-clash foi um diferencial da banda no evento.
“Era a garota mais bonita da asa sul” é um trecho da letra de uma música do Superquadra, a próxima banda a subir no palco. Os temas brasilienses fizeram com que o público se identificasse com o som. Alguns integrantes usaram máscaras carnavalescas durante o show, um deles foi o novo guitarrista Guilherme Ferreira, que está na banda faz um mês e confessou esconder o rosto para garantir que caso errasse a melodia sua identidade estaria escondida.
Critical Strike mudou completamente o rumo do show. As músicas em inglês e o hardcore melódico dos garotos goianos fizeram sucesso. O público não estava esperando tal mudança, então não compareceu muito, mas quem gosta do estilo com certeza curtiu. “A banda é nota 10. Tocam músicas estilo bandas que marcaram o hardcore, como Pennywise e Face to face. Meus brothers também curtiram.” afirma Diogo, 20 anos, que também é guitarrista da banda brasiliense Redial Rocker.
O som limpo da banda Janice Doll mostra a qualidade da música que eles fazem. Os integrantes são mais velhos e tem experiência musical. Estão fazendo sucesso no exterior, aliás o produtor do próximo CD é o Stuart Epps, que tem no currículo produções de Led Zeppelin e Oasis. O show foi tão bom quanto poderia se esperar, os integrantes pulavam e iam a loucura a todo o momento.
Música árabe antes dos integrantes subirem no palco, mistério no ar, é a vez da banda Etno botar para quebrar. Cada integrante apareceu com uma pintura diferente no rosto, eram inspiradas em tribos indígenas do mundo. A batida indígena misturada com o rock, juntamente com as letras politizadas e relativas ao meio ambiente fazem da Etno uma banda completa. O show foi surpreendente, desde as letras, presença de palco e voz maravilhosa do vocal, até as pinturas e os covers de bandas de estilos completamente diferentes. O som deles passou sensações intensas e todo o público presente, que não era pouco, curtiu de mais. A mensagem da banda de que “a revolução é interna e silenciosa” com certeza foi passada.

Fotos por Patrick Alves

10 de fevereiro de 2008

1º Dia do Carnaval Ziperona

O evento de carnaval da produtora Ziperona, que foi do dia 2 ao dia 5 fevereiro, mostrou que unir todos os estilos é possível. Passaram pelo palco bandas com influências da MPB e tropicália, como Deuses da Kaaba, até hardcore e screamo como Ilustra.
A primeira banda a se apresentar foi a W3 Sul. Ela entrou no festival através do voto popular pela internet. E o público que votou foi conferir o show, enchendo a casa e se empolgando com todas as músicas. Gritinhos saiam a todo o momento da platéia, principalmente com a imagem do vocalista Rômulo, ou mais conhecido como Miojo, que é muito parecido com o Di do Nxzero. Ele conta que as influências da banda são Strike, Blink 182, For Fun, bandas californianas no geral. A guitarrista e vocalista Marília também fez sucesso, e tinha um irreverente sutiã amarrado no pedestal. O mais incrível é que foi o primeiro show da banda, com tanta aceitação do público com certeza mais shows não irão faltar.
Em seguida veio a Akord, com um som new metal. Apesar do público estar mais acanhado, o vocalista, Pedro Gontijo, mandou bem na presença de palco. “A banda está muito bem ensaiada. Você pode não gostar do som, mas tem que admitir que eles tocam bem. O batera manda bem de mais”, diz Ian, 21 anos, que é guitarrista do Ilustra.
Frenéticos como sempre, Casa 7 fez um show bem animado. Contou com a participação do Flávio Negão, vocalista da banda Ravenna, que disse que Casa 7 é uma banda foda assim que subiu no palco. Algumas músicas têm uma introdução instrumental longa, que é quando os músicos dão tudo de si para mostrar que mais do que fazer cena no palco, sabem tocar muito bem.
A seguir foi a vez da banda Ravenna. O vocal deles é feito por 3 integrantes, Flávio Negão, guitarrista Ricardo e baixista Hugo. Isso dá uma dinâmica na música, assim como Flávio reveza entre o vocal normal e o screamo. O show contou com a participação do vocalista da banda Etno, Tiago Freitas, cantando a música “Terra”, que foi uma homenagem interna do Ravenna ao Etno. Dá para perceber direitinho a intenção da homenagem ao prestar atenção na letra da música, que combina muito com as do Etno “Vou me desculpar com a minha mãe, a terra.” O vocalista da Ravenna fez uma intervenção também durante essa música para dizer as seguintes palavras: “Olhar para dentro e ver o que a gente pode fazer para revolução, para um tipo de mudança”. O show levantou o público e fez todo mundo participar batendo palmas no ritmo das músicas.
A pegada hardcore da banda Nitra foi empolgante. Apesar de não contar com o guitarrista original, Neto, o instrumental da banda mandou muito bem, junto com Juliano, guitarrista da banda Ilustra, que tocou em seu lugar. O som do vocalista deixou a desejar, mas os garotos mostram muito empenho e disposição para fazer a banda dar certo. O público cantou junto, também não é para menos, a banda possui até comunidade de fã clube no Orkut.
Perfecto fez um show que agradou o público mais velho do rock, que curtia a banda desde que eram a Bolores Gigolores. O baixista Marcus Eduardo sem dúvida ganhou o título de mais empolgado da banda, se não foi o da noite. O que ele pulou e agitou não está escrito no gibi. Xande, trombonista do Móveis Coloniais de Acaju, está produzindo o CD deles, mais um ponto positivo para a banda.
Siltu fechou o primeiro dia do Carnaval Ziperona. A batida das músicas é super animada. Lançaram no início de 2008 o CD “Doze Doses”, que conta com músicas desde o início da banda, em 2000. E foi assim o show, com músicas desde a primeira formação da banda. Também teve cover do NOFX, com a música “What’s the matter with parents today?”. O show do Siltu foi bem descontraído e agradou o público que ficou até o fim do evento.