2 de junho de 2008

Trampa faz apresentação com orquestra de Sílvio Barbato

O público de Brasília foi presenteado com a fúria dos solos de guitarra e das notas eruditas dos violinos

A combinação de rock pesado com o som da instrumentalidade clássica foi um arraso. A orquestra Camerata do Brasil, sob a regência de Silvio Barbato, casou impressionantemente bem com o som enérgico da banda Trampa.

O Teatro Nacional Claudio Santoro lotou de espectadores curiosos para assistir aquele espetáculo inédito. E também contou com um suporte de telão no saguão para atender a tantas pessoas que queriam assistir, mas não tinham mais como entrar.

Apesar da uma hora de atraso, o público aguardou ansiosamente e sem muitas reclamações. André Noblat, vocalista da banda, entra gritando "Quero ver as mãos pra cima, isso é rock'n'roll!" Na hora só se viam pessoas se remexendo na cadeira com agonia por terem que ficar sentadas, mas no final estavam todos curtindo de pé. A proposta da união de elementos musicais diversos foi mais que aprovada.

Participações especiais deram ao show um brilho a mais. Os convidados foram Natan Nunes, guitarrista da banda brasiliense Banduirá, Dino de Araújo, apelidado por André Noblat de Jimi Hendrix do Cerrado e Tiago Freitas vocalista da banda, também de Brasília, Etno.

André Noblat reforçou a idéia de o evento buscar a inclusão social. Além de ser totalmente grátis, vieram ônibus de várias cidades satélites do Distrito Federal para assistir. Afinal de contas, Brasília está muito além do plano piloto.

A animação de Julia Drummond, 31, atriz, chamou atenção. Não parava um minuto, subia nas cadeiras e cantava todas as músicas. Ela diz que sempre surta no show da Trampa. Por trabalhar com teatro, também observou e elogiou toda a estrutura do show, gostou do cenário e considerou a iluminação bem trabalhada. Para Julia, o auge do evento foi a proposta, "Música clássica mais sons do tipo Metallica foi o pico".

A Trampa também aproveitou para lançar seu primeiro CD e gravar seu primeiro DVD. Com certeza as imagens desse dia precisam ser eternizadas na memória dos brasilienses que curtem música, pois não é todo dia que surgem e acontecem idéias tão inovadoras.

Como todo show ao vivo, alguns imprevistos ocorreram, e por conta da gravação do DVD precisaram reprisar três músicas no final do show. Mas não foi nenhum problema para o público acompanhar mais um pouco o trabalho incrível daqueles músicos.

A Trampa e a orquestra regida por Silvio Barbato provaram que não importam quais são os instrumentos, todos podem se combinar e no fim o resultado é o mesmo, é música.


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